A Osteopatia é uma profissão da área da saúde, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como medicina complementar, em vários países do mundo.
No Brasil a Osteopatia é uma ocupação de atenção primária reconhecida pelo Ministério da Saúde e classificada como prática diagnóstica e terapêutica complementar, na qual o Osteopata utiliza somente as mãos para perceber os movimentos do corpo, desde os mais densos aos mais sutis.
O Osteopata é um profissional que avalia seu paciente de forma integrativa buscando corrigir disfunções em seus sistemas em busca de um equilíbrio corporal. Não tratamos patologias e sim alterações funcionais que podem ser o cerne destas patologias.
Ou seja, não buscamos aliviar sintomas, mas sim encontrar a causa do problema ou de futuros problemas. A partir de então ajudar o paciente a encontrar a causa do acúmulo destas disfunções (traumáticas, adaptativas a esportes, posturas, por alterações químicas provenientes da alimentação ou do uso de medicações crônicas, emocionais e mentais) para que a partir de orientações e/ou encaminhamentos à profissionais competentes a cada caso, elas não voltem a se instalar E O PACIENTE PASSE A SER O PROTAGONISTA DE SUA SAÚDE!
Conforme os critérios pedagógicos internacionais, para ter o título de Osteopata D.O (Diplomado em Osteopatia) o profissional deve cursar a formação completa de 5 a 6 anos, estas regras estão disponíveis no site http:// www.registrodososteopatas.com.br. Neste site você também encontra a lista de Osteopatas de todo o Brasil, procure um profissional de confiança mais próximo de você!
Princípios que regem a abordagem osteopática:
1. Globalidade: o homem é um todo indivisível
Propõe uma abordagem sobre o indivíduo e não sobre a doença.
Costumo dizer que quando olhamos para o nome da doença ou lesão, perdemos a oportunidade de enxergar um sistema, perdemos a oportunidade de enxergar o indivíduo!
Somos um ser único, físico, emocional, mental e comportamental, não nos dissociamos do meio em que vivemos e tudo isso influencia no acúmulo ou não de disfunções corporais ao longo da vida.
Voltando esse olhar global mais especificamente do corpo, temos que lembrar sempre que todos os nossos sistemas estão conectados principalmente:
- pelo tecido fascial: tecido conjuntivo que envolve cada célula do seu organismo e consequentemente todos os seus sistemas (vascular, linfático, neural, musculoesquelético, órgãos e vísceras, desde os tecidos mais superficiais até os mais profundos, dos pés até o alto da sua cabeça. Este grande tecido tem a função de envolver, proteger, conectar, nutrir, promover deslizamento, transmitir de força e já é considerado o maior órgão sensorial do corpo humano.
- pelo sistema neural: há uma importante e grande conexão de todo seu corpo com seu SNP e SNC que garante a funcionalidade dos seus sistemas
- pela movimentação de fluídos: vascular, linfático, intersticial, cefalorraquidiano… drenagem, limpeza de metabólitos e toxinas, nutrição, oxigenação, condução de hormônios…
Então podemos entender como uma disfunção simples pode gerar alterações locais e a distância. Ex.: uma entorse de tornozelo possa gerar uma dor sacro ilíaca se não bem tratada ou em tempo hábil.
Por isso meu raciocínio clínico jamais é somente no local da dor (sim vai me trazer muitas informações), mas sim na conexão daquela queixa principal, com sua história, mas principalmente com os achados manuais, aí sim com a junção disso tudo, encontro a causa do problema. Eu sempre tenho que ter em mente o meu raciocínio clínico inicial, mas ao mesmo tempo não posso deixar que isso interfira nos meus achados manuais. Muitas vezes o quebra cabeça inteiro só fecho no final da consulta.
2. Estrutura e função estão relacionadas
Segundo Still, a qualidade da estrutura (de uma parte, um tecido corporal), interfere diretamente em sua atividade, assim como a atividade prejudicada pode interferir na qualidade da estrutura.
3. O corpo possui seus próprios mecanismos de auto regulação
Para mim esse é o princípio mais lindo e mais importante pois ele te dá total liberdade e responsabilidade sobre si mesmo. E suas escolhas. Nos mostra que os profissionais da saúde estão aí para nos ajudar, mas o caminho as escolhas mais profundas e significativas são nossas.
Ele era um anatomista/fisiologista então estudando a fundo essa movimentação interna e externa ele dizia que se a gente não atrapalhasse, se permitisse essa perfeita movimentação fisiológica do corpo ele mantém seu potencial máximo de auto regulação….
Saúde, seu potencial, sua vitalidade, basta vc manter seu corpo em constante movimento, denso e mais sutil, celular e intracelular.
Então, com esse princípio e levando em consideração todos os outros perceba a capacidade que vc tem em suas mãos de se auto gerenciar, nós temos ouro em pó nas mãos se entendermos nosso corpo, como ele funciona e como gerenciá-lo mantendo movimentação desde o esterno, tecidos mais palpáveis até a movimentação celular e intracelular. Através da sua movimentação, hábitos e comportamento, vc tem ferramentas para desfazer amarras e em seguida moldar-se como quiser.
Quem vc é hoje, é resultado de um conjunto de compensações e adaptações que seu corpo criou para se auto regular, inconscientemente minimizar os efeitos deletérios (de determinados estresses – físicos, emocionais, mentais) ou seja com o objetivo de encontrar seu ponto de homeostase, ou seja saúde a partir de todos os estímulos que vc deu para ele, esternos ou internos, mecânicos ou químicos.
Por isso que, não estar doente significa ter saúde, pois a doença, dor, desconforto só aparecem quando seu corpo já esgotou todas possibilidades de compensações. Inicialmente as disfunções podem não gerar nenhum tipo de sintomatologia.
Por isso também que a abordagem independe do nome da doença, pois a cada fator estressor o corpo busca uma nova adaptação sobre a condição presente no momento, e essa condição prévia é diferente para cada indivíduo, pois é o resultado da história individual.
Esta é a base inicial do meu raciocínio clínico quando avalio e trato um paciente no consultório para que manualmente eu consiga corrigir disfunções. Feito isso, preciso que o indivíduo permaneça com estes cuidados através dos hábitos de vida mapeados.
